Estudante ipuense é 2° do Brasil em prova do IFSP e detecta 2 novos asteroides para a NASA
Na mesma semana em que conquistou o 2° lugar do Brasil na prova do IFSP (Instituto Federal de São Paulo), o jovem Eduardo Jerônimo (16) também detectou 2 novos asteroides em projeto promovido pela NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos).
“Desde pequeno eu gosto muito de estudar e competir, busco sempre ser o melhor, assim como meus ídolos de infância: Ayrton Senna, Lionel Messi, Michael Phelps, entre outros.
O desejo de alcançar a excelência está implantado em mim há um bom tempo. Tenho me empenhado bastante para alcançar grandes conquistas, esses resultados da última semana falam por si mesmos”, conta Eduardo.
Com esse espírito, Jerônimo se dedicou aos estudos e recentemente foi medalhista de prata na Olimpíada Brasileira de Ciências Humanas promovida pelo Instituto Federal de São Paulo. A prova teve a participação de milhares de alunos de todos os 26 estados do Brasil e do Distrito Federal, esse exame continha conteúdos do nível de ensino médio das disciplinas de História, Filosofia, Sociologia e Geografia.
“Foi muito difícil conquistar essa medalha de prata, apesar de ter um bom conhecimento na área de ciências humanas, tive que sacrificar minhas férias estudando para a prova. Sabia que o nível dos meus concorrentes seria muito alto e não podia me acomodar em nenhum momento.” – Eduardo
Ao mesmo tempo em que estudava para a prova do IFSP, Jerônimo também estava envolvido em um projeto da NASA denominado “Caça Asteroides”, que tem como objetivo detectar novos asteroides nunca antes catalogados. Eduardo obteve êxito no projeto e detectou 2 novos asteroides. Essas detecções são de extrema importância, pois, caso algum dia um asteroide de pequeno, médio ou grande porte venha a colidir com a Terra, precisamos estar cientes disso, esse asteroide precisa estar registrado nos dados da NASA, caso contrário, não poderemos prever uma possível colisão e uma catástrofe pode acontecer.
Para participar desse projeto, Jerônimo precisou de um notebook. Ele não possuía acesso a um computador quando ficou sabendo da “Caçada aos Asteroides”, então Eduardo decidiu fazer um investimento para poder comprar seu próprio notebook: criar galinhas para vender. Essa foi a forma que o jovem encontrou de conseguir a quantidade de dinheiro necessária para comprar seu computador e poder participar do projeto, que como sabemos foi um sucesso para ele.
Eduardo caçando asteroides com o notebook que comprou através da venda de galinhas
Agora, Eduardo aguarda o momento de dar nome aos asteroides detectados, que ainda irão passar por um processo de análise que pode durar de 3 a 5 anos.
“Os nomes dos 2 asteroides que detectei serão colocados em homenagem aos meus 2 bisavôs falecidos: Benedito Jerônimo e Manoel Lopes. Assim, eternizando o nome dos meus entes queridos no universo, pois acredito que uma pessoa só morre de fato quando deixam de lembrar dela com admiração, amor e carinho e param de citar seu nome.”
Agradecimentos:
“Se cheguei onde cheguei, foi por conta de que me apoiei nos ombros de gigantes. Muita gente me ajudou na batalha que enfrentei até conseguir os resultados mencionados nesta matéria. Quero expressar minha gratidão especialmente a Deus que me deu saúde e inteligência para aproveitar as oportunidades, aos meus pais por sempre buscarem proporcionar o melhor para mim e agradecer também a Larittrix, que foi e é uma grande inspiração, foi ela que me falou do projeto Caça Asteroides e foi através dela que fiquei sabendo da existência de Olimpíadas Científicas, quero registrar também aqui meu agradecimento ao Jhonantan Kallil (líder da minha equipe da caçada aos asteroides), a Natália Santos, Leonardo Sousa e os outros membros da minha equipe, além de agradecer a minha amiga Laurinha, ela é divulgadora científica e também acompanhou todo o processo que passei, me auxiliando nessa jornada. Enfim, deixo aqui meu agradecimento a todos que de alguma forma me ajudaram nos processos que tive de passar até alcançar os meus objetivos.” – Eduardo Jerônimo