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Vacina Covid-19: veja como será vacinação contra a doença em 2024

A partir deste mês, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil terá foco em crianças e em pessoas que compõem grupos prioritários a partir de 5 anos. O intervalo entre as doses será de seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Para os demais grupos prioritários, o intervalo será anual.

A imunização de crianças de seis meses a menores de cinco anos foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) lançou nota técnica nessa terça-feira, 2, seguindo a recomendação do órgão nacional e detalhando a nova estratégia.

A pasta frisa que o recebimento do reforço da vacina para os grupos prioritários não está mais condicionado à existência de esquemas prévios de vacinação contra a Covid-19.

Pessoas do público geral com mais de cinco anos que não foram vacinadas anteriormente ou receberam apenas uma dose poderão iniciar ou completar o esquema primário, que consiste em duas doses com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.

A Sesa recomenda ainda a realização do Dia D mensal de incentivo à vacinação. Em janeiro, a mobilização deve ser no dia 27.

“Neste momento, considerando que a vacinação é fundamental para a redução de casos graves na população vulnerável, a vacinação periódica passa a ter uma priorização dos grupos populacionais com maior risco”, explica Ana Karine Borges, coordenadora de Imunização da Sesa.
Covid-19 Ceará: apenas 9% das crianças de 6 meses a 4 anos têm esquema completo

Atualmente, o Ceará tem 85% da população em geral com esquema primário (duas doses) e apenas 18% com dose de reforço da bivalente — 3º do País e o 1º do Norte/Nordeste. No caso de crianças de 6 meses a 4 anos, o número é ainda mais preocupante: apenas 9% têm esquema completo.

No Estado, conforme a coordenadora, 1.295.927 pessoas ainda precisam completar o esquema primário de 2 doses. e 482.652 crianças precisam completar o esquema de 3 doses.

As vacinas que devem ser utilizadas, conforme o documento, são a Pfizer Baby, a Pfizer Bivalente (acima de 12 anos) e a Pfizer Pediátrica (5 a 11 anos) .

A CoronaVac pode ser administrada em crianças de 3 e 4 anos. Isso deve ocorrer somente para resgate, nas seguintes situações: crianças que não foram vacinadas contra a Covid-19 na idade recomendada; na falta do imunizante recomendado na localidade; ou em caso de contraindicações à Pfizer pediátrica em crianças de 3 e 4 anos de idade.


Covid-19: vacinação semestral e anual

A vacinação a cada seis meses é recomendada a grupos de maior risco: gestantes e puérperas, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais).

A imunização anual é recomendada a trabalhadores da saúde e grupos com maior vulnerabilidade: indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência (e seus trabalhadores), pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade (18 anos), adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
Covid-19: veja como será vacinação para cada grupo

Vacinação infantil - Calendário Nacional de Vacinação

Crianças de 6 meses a 4 anos
Vacina utilizada: Pfizer baby
Esquema: 3 doses

Vacinação dos grupos prioritários - Dose periódica

Grupos prioritários a partir de 5 anos
Vacina utilizada: Pfizer bivalente (acima de 12 anos) e Pfizer pediátrica (5 a 11 anos)

Vacinação da população em geral (Não vacinada ou esquema incompleto) - Seletiva

População em geral
Vacina disponível e recomendada para idade
Definição de indivíduos imunocomprometidos ou em condição de imunossupressão

Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
Pessoas vivendo com HIV (PVHIV);
Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de corticoides em doses 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias Crianças: doses de prednisona, ou equivalente, 2mg/Kg/dia por mais de 14 dias até 10Kg;
Pessoas em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à
imunossupressão;
Pessoas com erros inatos da imunidade (imunodeficiências primárias);
Pessoas com doença renal crônica em hemodiálise;
Pacientes oncológicos que realizam ou realizaram tratamento quimioterápico ou
radioterápico e estão em acompanhamento;
Pessoas com neoplasias hematológicas.

Lista de comorbidades

Diabetes mellitus
Pneumopatias crônicas graves
Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
Hipertensão arterial estágio 3
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
Insuficiência cardíaca (IC)
Cor pulmonale e Hipertensão pulmonar
Cardiopatia hipertensiva
Síndromes coronarianas
Valvopatias
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
Arritmias cardíacas
Cardiopatias congênitas em adultos
Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares
Doença renal crônica
Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves
Obesidade mórbida
Síndrome de Down e outras trissomias
Doença hepática crônica

(O Povo)