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Morre ex-prefeito Luiz Menezes de Lima, que governou Tianguá em 5 mandatos

Morreu na manhã desta quinta-feira, 11, o ex-prefeito de Tianguá, Luiz Menezes de Lima (PSD), aos 78 anos. Luiz Menezes foi eleito prefeito de Tianguá em cinco ocasiões, incluindo 2020. O gestor teve o mandato cassado por 10 votos a favor e quatro contrários, na Câmara Municipal de Tianguá.

A secretária de Articulação Política do Estado, Augusta Brito (PT) lamentou a notícia. “Recebi com profundo pesar a notícia do falecimento do ex-prefeito de Tianguá, Dr. Luiz Menezes de Lima. Seu legado e história de vida dedicada aos tianguaenses jamais serão esquecidos. Neste momento de dor, peço que Deus conforte o coração dos familiares e amigos. Meus sinceros sentimentos”, escreveu.

Ele estava afastado pela Justiça desde o dia 31 de outubro de 2023. Neste período, o vice Alex Nunes (sem partido) assumiu o comando do Executivo Municipal.

Entenda a trajetória do prefeito: cinco mandatos, cassações e “sumiço”

Luiz Menezes foi eleito prefeito de Tianguá em cinco ocasiões. Assumiu primeiro em 2000 e foi reeleito em 2004. Em 2008, já no fim do segundo mandato, foi cassado por abuso de poder durante o pleito eleitoral, ficando inelegível por oito anos.

Nas eleições de 2008, a esposa de Menezes, Natália Félix da Frota, assumiu a Prefeitura de Tianguá.

Luiz foi eleito mais uma vez em 2016, em um mandato com saídas em retornos. Ele conseguiu assumir em 2017 amparado em uma liminar, mas, por ainda estar tecnicamente inelegível, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou e negou o registro de candidatura dele.

Ocorreram eleições suplementares em 2018, que elegeram o prefeito José Jaydson Saraiva de Aguiar, e o vice-prefeito, Mardes Ramos de Oliveira. Os dois, no entanto, também tiveram os mandatos cassados.

Um dia após o registro de candidatura de José ter sido deferido, os membros da Corte do TRE-CE voltaram atrás e indeferiram o pedido, além de anular os votos e os diplomas. O motivo foi por abuso de poder econômico/político na campanha de 2016, o que também o deixou inelegível por oito anos.

Uma segunda eleição suplementar ocorreu em 2019, que, em uma reviravolta, elegeu novamente Luiz Menezes. Tianguá, portanto, contou com três eleições para o executivo em três anos.

Menezes completou o mandato e foi reeleito em 2020. No fim do novo mandato, em 2023, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) começou a investigar um suposto “sumiço” do prefeito.

Vereadores o acusaram de estar afastado das funções desde agosto de 2022, em decorrência de tratamentos de saúde. O município estaria sendo gerido pela primeira-dama, ex-prefeita.

Após as acusações, pelas redes sociais do prefeito, postagens mostram o gestor desempenhando algumas atividades. No entanto, o MPCE encaminhou à Câmara, em outubro de 2023, documentos que comprovariam a ausência do prefeito por tempo superior ao permitido pela lei.

O órgão também cobrou providências por parte do Legislativo local, a quem caberia julgar a ausência do gestor. O Legislativo já havia aceito denúncia e iniciado processo para apurar o suposto “sumiço” do prefeito. Em janeiro de 2024, o gestor teve o mandato cassado pela Câmara. Assumiu o vice, Alex Nunes, que ainda segue no comando da Prefeitura.

(O Povo)