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Moradores de Baixa Larga enfrentam transtornos com queimada em terreno particular

Ipu (CE) – Moradores da localidade de Baixa Larga, na região serrana de Ipu, têm enfrentado sérios transtornos causados por uma queimada em um terreno particular, onde há acúmulo de mato seco. A fumaça intensa tem gerado desconforto e problemas respiratórios, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares. A situação, agravada pelo período de seca, tem gerado revolta e preocupação entre os moradores.

Na última quinta-feira, 17 de julho, registros enviados à nossa página mostram a extensão da fumaça, que, segundo os relatos, toma conta das casas durante o dia e, em muitos casos, durante a noite e a madrugada.

“Está muito ruim pra respirar aqui. Se abrir as janelas é ruim e se fechar tudo é pior”, relatou um morador que preferiu não se identificar. Segundo ele, o terreno onde ocorrem as queimadas fica bem ao lado do asfalto, no centro da comunidade. “Fizeram a aquisição de um terreno muito grande aqui na Baixa Larga, e o dono está fazendo queimadas todos os dias. Não temos a quem recorrer.”

O sentimento de impotência diante da situação é geral. “É tanta, mas tanta fumaça, que cobre as casas. Aqui tem muitas crianças, muitos bebês, idosos e pessoas com problemas respiratórios. É impossível se livrar disso e não tem a quem falar”, desabafou outro morador, afirmando ainda que as queimadas continuam e não há sinais de que irão parar. “Ele está queimando folhas, galhos e todo o material que havia acumulado no terreno, que equivale a muitos lotes.”

A comunidade exige das autoridades municipais providências urgentes para conter a prática da queimada, considerada ilegal, e a identificação e punição dos responsáveis. Além dos danos à saúde, moradores temem os impactos ambientais e o risco de incêndios se alastrarem.

O uso do fogo para limpeza de terrenos é proibido por lei em períodos de estiagem, especialmente em áreas urbanas e próximas a residências, por representar perigo à saúde e ao meio ambiente. A população aguarda resposta das autoridades locais e cobra fiscalização rigorosa.