Ipueirense de 108 anos é homenageada pelo site americano LongeviQuest com sua biografia
A cearense Maria Jorge da Silva, nascida na cidade de Ipueiras, há 108 anos, teve sua biografia divulgada no site norte-americano LongeviQuest que é a autoridade global em máxima longevidade humana.
A centenária Maria Jorge da Silva, com seus 108 anos de vida, acaba de ter sua história reconhecida mundialmente. Sua biografia foi incluída no LongeviQuest, um dos mais importantes sites internacionais dedicados ao estudo da longevidade humana.
O LongeviQuest, considerado a autoridade global em máxima longevidade, reúne informações sobre pessoas que alcançaram idades extremamente avançadas em todo o mundo. A inclusão de Maria Jorge da Silva nesse seleto grupo é um feito inédito para o Ceará e um motivo de grande orgulho para a cidade de Ipueiras.
Veja a postagem no link abaixo
https://longeviquest.com/supercentenarian/maria-jorge-da-silva
BIOGRAFIA
Maria Jorge da Silva nasceu no distrito de Charito, no município de Ipueiras, Ceará, em 19 de maio de 1916. Seus pais eram Raimundo Jorge Calaça e Cosma da Silva Barros. Tinha dez irmãos: Antônio Jorge Sobrinho, Raimunda Jorge da Conceição, Francisca Jorge Camelo, Jorge Calaça Neto, Rosa Jorge Calaça, José Jorge Calaça, João Jorge, Pedro Jorge, Antônia Jorge e Manoel Jorge. Aos 18 anos, casou-se com Domingos Ribeiro da Silva, funcionário público e comerciante que já tinha ficado viúvo duas vezes. A sua primeira filha, Osvaldina Ribeiro da Silva, nasceu em 1935. Maria teve outros filhos, embora tristemente, alguns faleceram na infância. Mais tarde, teve mais duas filhas, Gerarda Vasconcelos e Maria José da Silva. Maria José foi carinhosamente chamada de “Fátima”, uma alcunha dada em homenagem à chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima em Ipueiras.
Maria Jorge contribuiu para a renda familiar com habilidades que desenvolveu ao longo dos anos. Ela se tornou alfaiate e costureira, usando uma máquina de costura presenteada com ela pelo marido. Ela passou esse ofício para suas filhas, Osvaldina e Gerarda, que aprenderam a costurar e receberam suas próprias máquinas de costura, algumas das quais foram preservadas como parte do legado da família. Além de seu trabalho como costureira, Maria dedicou-se à fazenda, cultivando comida para sustentar sua família. Sua filha Gerarda muitas vezes se juntou a ela nos campos, enquanto Osvaldina ficou em casa para cuidar de sua irmã mais nova. Com o tempo, Maria Jorge também abriu o coração e lar de crianças adotadas: Solange Ribeiro Lopes, adotada em 1962; Wilson, adotada dois anos depois; e sua sobrinha Rosemary, a quem Maria acolheu após o falecimento da mãe de Rosemary.
Em novembro de 2024, ela tinha oito netos, 14 bisnetos e um tataraneto. Sua grande família se reúne para comemorar seu aniversário a cada ano, uma ocasião querida que ela sempre gostou profundamente. Sua família a descreve como tendo um espírito alegre, com amor por festas, conversas, uma boa cerveja e longas caminhadas. Uma dedicada frequentador da igreja, Maria Jorge encontrou alegria em sua fé e participando dos cultos. Ela aspira a ver o oceano, um sonho que ainda não realizou.
Esta história de vida é uma homenagem a uma mulher que, apesar de tantas adversidades, construiu uma base sólida de amor e unidade para a sua família, deixando um legado de determinação e carinho.