Guaraciaba do Norte e Carnaubal terão mega projeto eólico de R$ 2 bilhões
Uma mega usina eólica, com investimento estimado em R$ 2 bilhões, em implantação na Serra da Ibiapaba, avançou para uma nova fase do licenciamento ambiental, com a formalização de um acordo de compensação junto ao Governo do Ceará.
O projeto prevê a instalação de 220 megawatts de capacidade na Fazenda São Francisco, localizada na zona rural dos municípios de Guaraciaba do Norte e Carnaubal.
No dia 26 de junho, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) um acordo firmado entre a empresa responsável, Eólica Serra da Ibiapaba Holding S.A, e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) para a compensação ambiental, correspondente a 0,5% do valor total investido, aproximadamente R$ 10 milhões.
De quem é o complexo
O complexo é controlado pela Eólica Serra de Ibiapaba Holding S.A. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado, um dos seus representantes é Gilberto Lourenço Feldman, CEO da PEC Energia, empresa paulista com investimentos em várias regiões do Nordeste, incluindo Bahia, Pernambuco e Ceará.
De acordo com o site oficial da companhia, seu portfólio conta com 19 projetos, entre eles três complexos eólicos vencedores de leilões, com 91 MW de potência instalada em operação e 274 MW em fase de implantação.
A companhia é uma das interessadas em projetos de energia renovável e de Hidrogênio Verde no Complexo Industrial do Pecém (Cipp).
A coluna entrou em contato com a PEC Energia para solicitar informações atualizadas sobre o andamento das obras e o cronograma previsto, considerando o recente avanço no processo de licenciamento. Assim que houver retorno por parte da empresa, esta matéria será atualizada. Entenda conceitos importantes para a economia atual e a agenda climática Tira-dúvidas
ESG é a sigla, em inglês, para Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social and Governance). O conjunto de práticas visa reduzir os impactos ambientais provocados pelas empresas e desenvolver um sistema econômico justo e transparente. Por isso, pode contribuir para a descarbonização da economia, termo usado para a redução da emissão de dióxido de carbono (CO₂), principal gás responsável pelo efeito estufa. ESG surgiu em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004, e também está atrelado aos Objetivos de Desenvolvimento da ONU.
Enquanto a Agenda ESG foca na incorporação de práticas ambientais, sociais e de governança dentro do modelo empresarial existente, a economia solidária propõe outro modelo econômico, com um novo jeito de produzir, consumir e compartilhar riqueza, fundamentado na cooperação, solidariedade e comércio justo. Nesse sistema proposto, também há preocupação com o uso responsável dos recursos naturais e a proteção ambiental.
É a 30ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), um evento anual. A COP faz reuniões convocadas pelas Nações Unidas para discutir sobre mudanças climáticas. Este ano marca um momento histórico, pois será a primeira vez que o Brasil sediará a COP, com a cidade de Belém, no Pará.
A Agenda 2030 é um compromisso global firmado pelos 193 Estados-membro da ONU, com o objetivo de gerar desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental, considerando as prioridades de países e localidades. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são parte da Agenda 2030.
O Acordo de Paris é um pacto internacional voltado para conter o aquecimento global, aprovado como lei doméstica por 194 países e pela União Europeia, em 2015. Pelo tratado, a meta era manter o aquecimento abaixo de 2ºC e, na medida do possível, 1,5ºC.
(Diário do Nordeste)