Prefeito de Sobral critica bispo por almoçar camarão e lagosta e agrava crise entre prefeitura e igreja católica

O prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), criticou nas suas redes sociais a participação do bispo Diocesano Dom Vasconcelos em um almoço realizado no domingo (18) em que eram servidos “camarão e lagosta tropicais”.

“O hospital do coração pode se acabar, mas a lagosta e o camarão, jamais!”, disse Ivo Gomes, criticando a refeição do religioso.

O Hospital do Coração foi construído pela Santa Casa de Sobral, da diocese e que atualmente está sob gestão da prefeitura. A unidade enfrentou uma crise com pacientes em dificuldade no atendimento e evasão de profissionais.

Mau uso do dinheiro da prefeitura

A prefeitura de Sobral disse que os pagamentos só eram feitos quando serviços eram realizados pelo hospital, como atendimento, exames e consultas.

Como a unidade passou a não realizar a totalidade dos procedimentos, segundo a gestão municipal, houve corte no repasse à unidade de saúde.

Por fim, Ivo Gomes afirmou em junho do ano passado, que R$ 100 milhões foram destinados por parte da prefeitura de Sobral em 2021 e reforçou que todo o dinheiro era para ter sido “aplicado com mais transparência” e “honestidade e competência”.

‘Interação com pessoas ricas ou pobres’

Sobre o jantar, o bispo Diocesano de Sobral, Dom Vasconcelos, afirmou por meio de nota, que perdeu a mãe recentemente e, “tão logo retornou da viagem para fins de enterrar a sua matriarca, deparou-se com a triste realidade de encontrar a casa vazia, fato bastante doloroso”.

De acordo com sua assessoria, o bispo foi convidado por uma família amiga a participar de um almoço no domingo do dia 18 de junho.

Ainda de acordo com a assessoria, “Registra que partilha de momentos de interação em casa de pessoas ricas ou pobres, sem nenhuma diferenciação e lamenta profundamente que tenham manipulado tal momento de partilha com fins de transgredir o ocorrido”, disse.

“Cabe a todos nós, cristãos, observarmos com atenção a intenção por trás de palavras de julgamento e trabalharmos para não nos contaminarmos com a maledicência que existe no mundo”, finalizou.

 (G1/CE)