Caso Hermerson Nobre: Após 12 anos, réu é preso e condenado por Homicídio em Ipu (CE)
Francisco Odenísio Pinto Lopes, de 36 anos, foi condenado a 13 anos de reclusão e 10 dias, em regime inicial fechado, pelo assassinato do jovem Francisco Hermerson Paulo Nobre, de 16 anos, ocorrido em 24 de novembro de 2012, em uma seresta no bairro Escondido, em Ipu (CE). A sentença também incluiu condenações por tentativa de homicídio contra outro jovem, João Victor, e por posse ilegal de arma de fogo.
A prisão de Odenísio foi efetuada nesta sexta-feira (6), por policiais do RAIO, após o trânsito em julgado da decisão do Tribunal de Justiça, que manteve a sentença proferida em setembro de 2022 pelo júri de Ipu. Não cabem mais recursos.
O crime
De acordo com os autos, no dia do crime, Francisco Hermerson estava acompanhado de três amigos quando o réu chegou ao local portando um revólver. Odenísio teria retirado algumas balas do tambor da arma e entregue aos jovens, ficando com outras duas. Em seguida, começou a apontar a arma para os presentes. Durante a ação, a arma disparou e atingiu Hermerson, que tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu em Sobral, após procedimentos médicos.
Além disso, o disparo colocou em risco outro jovem configurando tentativa de homicídio. Na época o Ministério Público sustentou que o réu agiu com dolo eventual, ou seja, assumiu o risco de causar a morte, ainda que não tivesse a intenção direta de matar.
A condenação
A decisão do tribunal reforça o entendimento de que o comportamento de Odenísio foi negligente e indiferente às consequências fatais de seus atos. O julgamento realizado em 2022 determinou a pena de reclusão pelos crimes de homicídio simples (Art. 121 do Código Penal), tentativa de homicídio e posse ilegal de arma de fogo. Após o trânsito em julgado, a prisão foi cumprida, encerrando mais de uma década de espera por justiça.
Repercussão
O caso gerou grande comoção na época, especialmente por se tratar de um jovem de 16 anos, filho do maestro Jorge Nobre e Leila. A condenação, mesmo após 12 anos, é vista como uma resposta tardia, mas necessária para a sociedade e os familiares da vítima.
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